domingo, 11 de maio de 2014

47 ronins, o sonho não acabou!



Finalmente vi o aclamado filme e devo admitir, foi surpreendente!

Nossa samurais, japão medieval, tengus, Neo com aquele cara de cachorro com fome em todas cenas, dragões e demônios, a melhor mistura do mundo desde o sabor X do sorvete napolitano!

A história é de um moleque ocidental que é encontrado por um clã e integrado a eles, acredito que isso não ocorreu com frequência no japão, mas para efeito aceitamos.

O menino cresce, vira o Neo salvador da humanidade enquanto que a filha do clã se apaixona por ele(isso é algo que não me surpreendeu as mulheres não resistem a um salvador da humanidade como a trinity não resistiu) e ele gera uma rivalidade com um dos servos o samurai mais respeitado do clã.

E dando sequência a história um feudo vizinho quer anexar o feudo de Ako e vemos toda uma trama digna de novela de rede globo acontecer e chegarmos ao ponto onde sobram os 47 ronins e o Neo.

Poucas vezes em minha vida vi um sonho ser destruído! Eu devo admitir que foi doloroso a cada minuto que passava vendo uma história sem nexo, samurais pedindo espadas para tengus, cenas dignas de “piratas do caribe”(não o primeiro que é legal) e uma fumacinha sem vergonha de photoshop.

Até o samurai fantasma na armadura estava lá, sim! Lutando contra todo mundo e não levando golpes, ele carregou minhas esperanças boa parte do filme até morrer de forma vexatória, fora a bruxa da fumacinha das trefas de 50 outros filmes.

Será que era pedir muito para fazerem lutas como o anime Ninja Scroll, Yokais dignos ou mesmo algo como o jogo “Samurai Shodows “ em forma de um filme? Tava tudo ai, um do lado do outro: samurais, yokais, bruxas, japoneses, espadas, feudos, terra, cavalos, arvores de flores rosas, carpas e sake; todos ali esperando para terem uma trama digna de vingança de samurais de manga. Até algum escritor de manga mediano faria algo melhor.


Após atingir o fundo do poço ao ver produtores e roteiristas inescrupulosos de Hollywood cometerem um crime desse tamanho, eu tive que admitir que fui surpreendido negativamente. Eu me senti como aquela criança que depois de assistir o palhaço arrebentar no picadeiro vê ele bebendo, fumando nos camarins e maltratando os outros. A realidade é cruel.

Não restaram alertas, mas mesmo assim eu nutri fé até os últimos instantes e levando a máxima do sr Girafales:"Só errei uma vez quando achei que estava errado" eu errei.

Os únicos pontos que merecem destaque foram os figurinos e a fotografia, mas não importa tanto quando você está entorpecido por um filme de tamanha ruindade.

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